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A recessão bateu na minha porta. Será a hora para mudar de emprego?

As notícias são alarmantes. As grandes empresas de tecnologia estão demitindo, até mesmo a poderosa Microsoft despediu de 5.000 pessoas de uma só vez. Relexos da crise financeira internacional, que se espalha como uma onda silenciosa por todos os setores e, de uma forma ou de outra, afetará cada cidadão do planeta. Numa situação destas, é hora de perguntar se está na hora para mudar de emprego ou de ramo de atividade.

Na maior partes dos casos a resposta será “NÃO”. A hora é de manter emprego ou pensar bem antes de mudar. A crise econômica mundial está gerando milhares de demissões também no Brasil: segundo o Ministério do Trabalho, 654 mil postos de emprego com carteira assinada foram fechados só no mês de dezembro de 2008. Mesmo sem os números oficiais, muita gente está percebendo que as coisas estão “meio paradas” ou sabe de alguém que foi demitido, “coitado, depois de tantos anos na empresa...”

Será, então, que é o caso de começar a se preocupar? Quem sabe, mudar de ramo ou começar um negócio novo? Cada profissional tem uma situação diferente, mas existem alguns conceitos básicos que coletamos entre opiniões de diversos especialistas e pela nossa própria experiência profissional.

Para começar, é preciso entender que crises sempre existiram e o normal é estarmos enfrentando uma crise. O mundo vive em constante mutação, sempre há novas maneiras de fazer as coisas e o novo precisa desalojar o que está estabelecido para se implantar, gerando as tais “crises”. A questão é cada um de nós entender o que está acontecendo, não insistir em coisas que ficaram obsoletas e estar sempre antenado para as tendências.

O Brasil está vivendo uma situação muito particular. Analisando-se friamente, a crise internacional pouco tem a ver com nossa economia, que é grande e auto-suficiente o bastante para não ficar a mercê do que acontece no primeiro mundo. Ocorre que a economia brasileira vinha a todo vapor, e de repente precisou dar uma parada. É como andar num ônibus lotado, quando o motorista precisa frear mais bruscamente todo mundo é jogado para a frente e depois precisa se aprumar novamente — e a viagem continua!

Isto tudo sem contar que o Brasil está realmente na entressafra. Como se sabe, aqui no Brasil o ano só começa depois do carnaval, ou seja, em março. O período que cobre os meses de janeiro e fevereiro é reservado às férias e ao descanso, e só quem fatura alto neste período são os (felizardos) que trabalham com atividades relacionados ao turismo e a diversão.

Certo, você pode estar se dizendo, mas como é que eu fico? Trabalho com informática, e não num hotel ou numa barraquinha na praia... Para você mesmo é que temos algumas dicas importantes.

O que fazer se você trabalha como empregado

Em momentos de crise o profissional que está empregado deve dar o melhor de si. Se está insatisfeito pode aproveitar para se aperfeiçoar ou para ficar melhor na empresa, sempre lembrando que o momento não é de aventuras, e sim de manter o emprego ou avaliar bem antes de se movimentar para mudar de trabalho.

O profissional deve se empenhar para manter o emprego, avaliar a situação da empresa em que trabalha para saber se deve procurar emprego em outro lugar, sempre procurando informar-se sobre a condição econômica das demais companhias de seu setor antes de optar pela mudança.

Ainda mais porque o mercado não está cheio de ofertas de emprego, e a saída da empresa pode levar à frustração e à sensação de que o currículo não é bom.

Num momento de crise é que a empresa vai avaliar cada funcionário e quais as qualidades que o farão permanecer em seu cargo. Os mais prestigiados serão aqueles que trazem soluções, e não problemas. Sabe aquele carinha “chato”, que está sempre reclamando da empresa ou criando caso? Pois esta é uma excelente oportunidade para a empresa livrar-se dele.

Os critérios para cortar funcionários variam de empresa para empresa. Algumas cortam pelos salários mais altos, seja pela diminuição da capacidade de contribuir, seja pelo peso do salário dentro da empresa.

Há também as que cortam os recém-contratados, pelo custo menor com encargos trabalhistas. Mas podem também decidir manter os de maior salário, pela experiência, ou os mais novos, pelo talento e pelo processo demorado de contratação. O profissional deve ficar atento e perceber como andam suas relações na empresa, para diagnosticar as possibilidades que tem de permanecer em seu posto.

A mudança de emprego sempre pode ocorrer, independentemente do momento ser de crise econômica. Porém, algumas perguntas importantes devem ser feitas pelo funcionário antes de tomar qualquer decisão. Estou sendo bem avaliado? A empresa tem investido em mim? A companhia está proporcionando cursos, treinamento, oportunidades de crescimento? Existe uma promoção à vista? O mercado está aquecido? Que impacto a crise terá na empresa? Estou feliz? Gosto do que eu faço? Estou satisfeito com meu salário e os benefícios? O ambiente de trabalho é bom? Eu gosto dos meus colegas e do meu chefe?

Às vezes a pessoa está infeliz no trabalho, mas o salário é bom, ou está feliz, mas ganha mal. Se ganha bem, mas está infeliz, faça um planejamento de seis meses a um ano para fazer a transição para um emprego que não ganha tanto mas o faça feliz. Recomenda-se que os profissionais aproveitem os momentos de crise para fazer cursos de aperfeiçoamento, fortalecendo os potenciais considerados importantes para ter maior capacidade de competir depois que o mercado reagir.

Para quem trabalha por conta...

Desconheço as estatísticas, mas pela experiência acredito que a maioria dos profissionais de informática trabalha por conta, em especial entre os oriundos das escolas técnicas e entre os de mais idade. Poucas empresas contratam profissionais que já passaram dos quarenta anos, a não ser para posições muito estratégicas onde a experiência conta pontos.

Quem trabalha por conta, seja em sua própria oficina, seja fazendo trabalhos temporários nas empresas, deve estar sentindo na pele a redução do ritmo da economia. Contratos são cancelados ou adiados, não se recebe mais pedidos de orçamento ou, quando aparece algum, é preciso abaixar muito o preço para conseguir fechar.

Quem nos acompanha há tempos deve se lembrar de algo que sempre dizemos: “nunca gaste tudo o que ganha”. Deixe sempre um pouco reservado na poupança, justamente para estes momentos de crise. Quem não dispõe desta reserva estratégica deve estar agora passando maus bocados porque a receita diminuiu, mas as despesas aumentaram.

Logo, a receita é simples: é preciso gastar menos e procurar mais serviço, porém, ao mesmo tempo investindo no futuro próximo. Com mais tempo livre, é o momento de estudar, aperfeiçoar-se e descobrir novas oportunidades. Elas existem, pode acreditar! Pode ser que ninguém esteja querendo trocar seus equipamentos ou sistemas, mas vão precisar manter ou atualizar o que já possuem.

Invista mais em divulgação. E utilize publicações especializadas – como a Revista PnP – para crescer e aprender com a experiência dos colegas. Temos certeza de que, se você estiver num momento de “baixa” profissional, vai conseguir se reerguer, seguir em frente e ficar melhor do que estava antes de começar esta crise toda. Por outro lado, se você está “numa boa” em seu serviço, esta também é a hora de se aperfeiçoar e estudar. A concorrência está aí, e a qualquer momento você pode ser trocado por alguém que esteja melhor preparado.

Publicado em 23/01/2009 às 00:00 hs


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